Análise segundo a variável sexo do acesso a serviços odontológicos da assistência básica do Sistema Único de Saúde (SUS) do Distrito Federal através de indicadores da atenção básica do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB) em 2019
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Palavras-chave

Acesso aos Serviços de Saúde, Mulheres, Homens, Atenção Básica, Serviços Odontológicos, Sistema Único de Saúde. Accesibilidad a los Servicios de Salud, Mujeres, Hombres, Atención Primaria de Salud, Atención Odontológica, Sistema Único de Salud. Health Services Accessibility, Women, Men, Primary Health Care, Dental Health Services, Unified Health System.

Como Citar

Beatriz Gonçalves Vivacqua, A., & Alfredo Pucca Júnior, G. . (2025). Análise segundo a variável sexo do acesso a serviços odontológicos da assistência básica do Sistema Único de Saúde (SUS) do Distrito Federal através de indicadores da atenção básica do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB) em 2019. Tempus – Actas De Saúde Coletiva, 17(1), 129–143. https://doi.org/10.18569/tempus.v17i1.3102

Resumo

O acesso aos serviços de saúde é influenciado pela desigualdade social entre os sexos feminino e masculino. Necessita-se de estudos que analisem o acesso a serviços odontológicos conforme a variável sexo. O objetivo do presente estudo é analisar o acesso conforme a variável sexo aos serviços da atenção odontológica básica do Distrito Federal, através de indicadores da atenção básica de 2019, obtidos do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica. Nesse estudo observacional transversal, os indicadores da atenção básica foram associados estaticamente a variáveis contextuais do Distrito Federal. O teste Qui-Quadrado de Pearson não apontou uma diferença significativa entre as quantidades de atendimentos odontológicos conforme a variável sexo por região de saúde do Distrito Federal. O Coeficiente de Correlação de Postos de Spearman evidenciou uma correlação entre o número de atendimentos odontológicos para cada sexo e o número médio anual de Equipes de Saúde Bucal da Estratégia da Saúde da Família incluídas de cada região de saúde, bem como apontou que não existe correlação significativa entre a frequência de atendimentos odontológicos para cada sexo e a renda domiciliar média mensal e  evidenciou a não correlação entre a quantidade de atendimentos de ambos os sexos e o porte populacional de cada região de saúde. Notou-se um padrão de acesso por sexo, que ratifica algumas considerações antigas sobre o acesso a serviços de saúde. Diferenças de acesso entre as regiões de saúde não podem ser explicadas por diferenças na renda domiciliar média mensal e no porte populacional.

https://doi.org/10.18569/tempus.v17i1.3102
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