Resumo
Contextualização: As arboviroses são doenças causadas por arbovírus, ou seja, vírus que são transmitidos aos hospedeiros (geralmente, mosquitos e carrapatos) e deles para humanos, através da picada. Essas doenças são motivos de grandes preocupações em saúde pública mundial e, dentre os arbovírus mais importantes para a saúde humana, estão os transmitidos por insetos (culicídeos), especialmente dos gêneros Culex e Aedes. Objetivo: Conhecer as percepções e práticas dos movimentos sociais frente o combate às arboviroses (Dengue, Zika e Chikungunya). Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa descritiva exploratória, que teve como participantes 8 lideranças comunitárias dos bairros com maior número de focos do Aedes, na cidade de Florianópolis, SC. Os dados foram levantados por entrevistas semiestruturadas realizadas em formato online, via Google Meet, e analisadas segundo a técnica do discurso do sujeito coletivo (aprovada pelo CEP-UnB, Parecer: 3.171.817, CAAE: 75119617.2.0000.0030). Resultados: Os resultados foram organizados em 4 categorias temáticas: Reconhecimento das arboviroses como um problema de saúde pública, Atividades desenvolvidas pelos movimentos no enfrentamento das arboviroses, Ações partilhadas com a unidade de saúde, e Desafios ao enfrentamento das arboviroses. Observou-se que os participantes apresentaram conhecimento satisfatório acerca da temática das arboviroses. Foram identificadas algumas fragilidades, tais como a precariedade de fiscalização por parte do setor público e a baixa participação popular em ações de educação e combate às arboviroses. Conclusão: Os resultados apontam satisfatório conhecimento por parte das lideranças e apresentam vontade de aprimoramento das ações desenvolvidas pelas mesmas junto à comunidade contra o vetor das arboviroses.
Referências
Donalisio MR, Freitas ARR, Von Zuben APB. Arboviroses emergentes no Brasil: desafios para a clínica e implicações para a saúde pública. Rev Saúde Pública. 2017;51(30):1-6. https://doi.org/10.1590/S1518-8787.2017051006889
Andrade CWQ, Caldas LNM, Júnior AHSC. Ação popular contra a Dengue: educação em saúde em comunidade rural de Petrolina/PE. Rev Ensino Ciênc Inov Saúde. 2021;2(2):13-7. http://recis.huunivasf.ebserh.gov.br/index.php/recis/article/view/157/54
Barbosa JSD, Batista DL. As mídias sociais na educação. In: Colóquio Internacional. Eixo Temático 8 - Tecnologia, Mídias e Educação. São Cristóvão: UFS; 2011. p.1-14. https://ri.ufs.br/bitstream/riufs/10374/3/25.pdf
Sales FMS. Health education actions for the prevention and control of dengue fever: a study at Icaraí, Caucaia, Ceará State, Brazil. Ciênc Saúde Coletiva. 2008;13(1):175-84. https://doi.org/10.1590/S1413-81232008000100022
Passos ADC, Rodrigues EMS, Dal-Fabbro AL. A experiência do controle do Dengue em Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. Cad Saúde Pública. 1998;14:S123-8. https://doi.org/10.1590/S0102-311X1998000600011
Lefevre F, Lefevre AMC. Discourse of the collective subject: social representations and communication interventions. Texto Contexto Enferm. 2014;23(2):502-7. https://doi.org/10.1590/0104-07072014000000014
Brasil. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 466 de 12 de dezembro de 2012. Brasília: Conselho Nacional de Saúde; 2012. https://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf
Gerschman S. A Democracia Inconclusa: um estudo da Reforma Sanitária brasileira. 2nd ed. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2004. 272p. https://doi.org/10.7476/9788575415375
Borges SMAA. Importância epidemiológica do Aedes Albopictus nas Américas [dissertation]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2001. https://doi.org/10.11606/D.6.2001.tde-01032002-131833
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Diretrizes nacionais para prevenção e controle de epidemias de Dengue. Brasília: Ministério da Saúde; 2009. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_nacionais_prevencao_controle_dengue.pdf
Colazo MC. Ações intersetoriais com vistas à diminuição da incidência de Dengue no PSF Santana/Arraial D’Angola [monograph]. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais; 2015. https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/6079.pdf
Brasil. Conselho Nacional de Saúde. Ministério da Saúde. Recomendação nº 001, de 27 de janeiro de 2022. Brasília: Conselho Nacional de Saúde; 2022. http://conselho.saude.gov.br/images/Resolucoes/2022/reco001.pdf
Medina MG, Giovanella L, Bousquat AEM, Mendonça MHM, Aquino R. Atenção primária à saúde em tempos de covid-19: o que fazer? Cad Saúde Pública. 2020;36(8):e00149720. http://cadernos.ensp.fiocruz.br/static//arquivo/1678-4464-csp-36-08-e00149720.pdf
Mafra RLM. Vestígios da Dengue no anúncio e no jornal: dimensões acontecimentos e formas de experiência pública na (da) cidade [thesis]. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais; 2011. https://repositorio.ufmg.br/handle/1843/BUOS-8PPLZ8
Silva CMC, Meneghim MC, Pereira AC, Mialhe FL. Educação em saúde: uma reflexão histórica de suas práticas. Ciênc Saúde Coletiva. 2010;15(5):2539-50. https://www.scielo.br/j/csc/a/J4m8jxD5KNyDyzBsLKLPnvC/?lang=pt
Marzochi KBF. Dengue endêmico: o desafio das estratégias de vigilância. Rev Soc Bras Med Trop. 2004;37(5):413-5. http://dx.doi.org/10.1590/s0037-86822004000500009
Falkenberg MB, Mendes TPL, Moraes EP, Souza EM. Educação em saúde e educação na saúde: conceitos e implicações para a saúde coletiva. Ciênc Saúde Coletiva. 2014;19(3):847-52. https://doi.org/10.1590/1413-81232014193.01572013
Oliveira FMCSN, Ferreira EC, Rufino NA, Santos MSS. Educação permanente e qualidade da assistência à saúde: aprendizagem significativa no trabalho da enfermagem. Aquichan. 2011;11(1):48-65. http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1657-59972011000100005&lng=en

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2025 Tempus – Actas de Saúde Coletiva